21/12/2009

Notícia publicada no jornal i acerca da escola onde eu trabalhava no ano passado (encontrada por acaso)

"Duas famílias da comunidade cigana desentenderam-se à porta da Escola Básica n.o 175, em Lisboa. A discussão atravessou os portões e entrou no pátio do estabelecimento de ensino dos Olivais. Dos insultos passou-se à agressão, da agressão passou--se às armas, que não chegaram a disparar, mas levaram a PSP a intervir para proteger as crianças do primeiro ciclo e do jardim-de-infância. Os tumultos aconteceram há quase uma semana e são mais um caso, diz uma professora que não quer dar a cara nem sequer o nome para contar que os "sérios problemas de indisciplina" de pais e alunos a impedem muitas vezes de cumprir a sua função de ensinar.

Dentro da sala, a maioria das crianças não se senta no seu lugar, apesar de a professora repetir vezes sem conta que estejam quietos. Falam uns com os outros, recusam-se a fazer as tarefas, sentam-se em grupos na mesma carteira, agarram na mochila e saem da sala quando lhes apetece: "Sou firme quando é preciso, mas tenho de medir sempre muito bem o que digo e o que faço." Um gesto mal interpretado é suficiente para ter os pais das crianças à porta da escola a exigirem explicações. A professora assegura não ser a única a ter este tipo de receio. Há outros colegas a pensarem duas vezes antes de repreenderem um miúdo mal comportado: "A minha frustração prende-se sobretudo com os poucos alunos que querem aprender, mas não têm condições para isso."

A indisciplina fora e dentro das salas começou há quatro anos, com o realojamento da comunidade cigana na urbanização social Alfredo Bensaúde. No ano lectivo de 2005/06, a direcção do agrupamento foi surpreendida com a chegada de cerca de 80 alunos que, pela primeira vez, começaram a frequentar a escola como contrapartida para as famílias beneficiarem do rendimento de reinserção social: "Muitos deles tinham 12 e 13 anos e não faziam ideia do que era uma escola", conta Elsa Mota, dirigente da associação de pais.

Novos colegas. O estabelecimento de ensino, que antes era maioritariamente frequentado por netos e filhos dos moradores do Bairro da Encarnação, passou a ter novos alunos que trouxeram consigo outras regras. O quotidiano da escola mudou e os professores foram apanhados desprevenidos: "A maioria do corpo docente concorreu no ano passado para outras escolas e foi embora", explica Elsa Mota. Joana Fernandes, coordenadora do programa dos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) explica que a entrada em massa de crianças ciganas originou "graves problemas de comunicação" porque há quatro anos a escola não estava preparada para lidar com uma "cultura sem tradição de escola".

No ano seguinte, a escola candidatou-se ao programa TEIP e solicitou ao Ministério da Educação meios para avançar com um plano que visa integrar as crianças ciganas: "A primeira medida passou por introduzir segurança dentro da escola." As parcerias com a PSP e a Polícia Municipal permitiram ter vigilância diária, sobretudo nos momentos mais críticos, como as horas de entrada e de saída, em que os pais vão buscar os filhos. Construir um programa adaptado às referências culturais ciganas foi o passo seguinte: "Dança, música, actividades lúdicas, educação física foram algumas disciplinas usadas para ir ao encontro da comunidade." Ocupar os tempos livre das crianças foi mais uma preocupação, e por isso existem mais actividades durante os intervalos das aulas.


Ao fim de três anos, Joana Fernandes assegura que os casos de indisciplina diminuíram: "Conseguimos ter os alunos sentados e a trabalhar numa sala de aula, mas há ainda muito trabalho a fazer." Até porque o projecto tem uma lacuna por resolver - as iniciativas do programa TEIP terminam às 15h30, mas os alunos continuam na escola até às 17h30, a frequentar as actividades de enriquecimento curricular, como aulas de Inglês, Música ou Informática dadas por professores contratados: "As crianças já estão cansadas de todo um dia de aulas e actividades e não estão acompanhadas pelos nossos técnicos."

Aqui vai o link

http://www.ionline.pt/conteudo/30393-de-um-dia-o-outro-os-rebeldes-entraram-na-escola


Todos os dias da minha vida sou feliz por já não estar ali.

18/12/2009

Considerações importantes sobre a Cimeira de Copenhaga

Las damas de la Familia Real danesa ponen el "glamour" en la cumbre sobre el cambio climático












17/12/2009

A minha mãe bem diz que eu sou uma maria despistada

Estava eu a corrigir uns testes quando senti a secretária a mover-se.

Caracinhas, esta vida de estar aqui até às tantas não vai com nada. Estou aqui há tanto tempo de volta desta merda que até me estão a dar tonturas!

E fui à cozinha comer uma maçã para repor açúcares.
Aquela expressão do "podia passar por aqui um comboio que tu não davas por nada" foi feita para mim.

Tótó.