26/11/2013

Voar LIS > HHN com a Ryanair

Vários jornais online noticiam que a Ryanair começa a viajar hoje a partir de Lisboa para os seguintes destinos: Frankfurt, Bruxelas, Londres, Paris e Dublin. Tudo certo. Faltou só referir que no caso de Frankfurt o voo fará a ligação LIS (Lisboa) > HHN (Frankfurt Hahn). O aeroporto Frankfurt Hahn fica, segundo o Google maps, a 122km de Frankfurt am Main.
Pronto, é só para saberem que depois de 3horas de voo ainda têm de apanhar outro transporte se o vosso destino final for outro que não um aeroporto no meio do nada.
Eu nunca viajei na Ryanair e muito provavelmente continuarei a não viajar. Digamos que o meu homem, que é obcecado com aviões e sabe de cor todos os episódios dos Desastres Aéreos, não acha sensato voar com malta que leva o combustível à continha e depois vê-se à rasquinha para lá chegar. Ele também não gosta muito de pagar taxas ridículas que transformam uns apetitosos 24,90€ noutro preço qualquer e diz que já não tem idade para andar todo encolhido dentro de um avião. Bem lhe bastou quando tinha 15 anos e ia de autocarro para a escola. Esse tempo de andar encolhido já lá vai. E depois chateia-o imenso essa coisa de perder tempo a andar de um lado para o outro quando já podia estar em casa a descansar. Meteu-se-lhe na cabeça que a vida dele vale bem mais mais do que *preços desde 29,99€. É um finório, que se lhe há-de fazer?  Mas eu concordo tanto com ele…

20/11/2013

Lifeproof

Perdi-me no post anterior. O que eu queria dizer é que fiz um achado na dm. Lembrei-me que o meu rímel já acabou e tá de procurar outro. O que eu tinha era da Bourjois e o aplicador/píncel/whatever era muito porreiro. Mas não havia lá nada da marca e tive de desencantar outra. Eu não queria dar 12€ por um rímel, deumalibre, mas também não queria uma coisa que vem num frasco de rímel mas faz o efeito do carvão. Astor, Maybelline, Catrice, marca branca... até que dei com isto:

 
O "Stays no matter what" é tão mau que se torna bom. Já me estou a imaginar no Brasil a tomar banho de cachoeira e o rímel sempre impecável. Para não dizer que soa a cliché de filme romântico. Já estou a imaginar uma ceninha cheia de densidade dramática e o gajo sai-se com um "I stay no matter what". As gajas são tão fáceis de enganar. Mas o melhor está mesmo na parte de trás da embalagem:


24h volume mascara, waterproof, partyproof, lifeproof, ophtalmologically approved.
Lifeproof. Poesia para os meus olhos. Lifeproof. 

*não pude deixar de reparar na tradução sans glamour para francês. Résiste aux soirées et au quotidien. Coisinha mais desenxabida. 

O Aldi é nheca.

Uma pessoa entra na dm para comprar os produtos que parecem ter o preço da chuva, especialmente se 3 minutos antes se esteve no REWE a olhar para esses produtos. O Aldi fica no cimo da rua e não dá para trazer tudo de lá. Os produtos estão expostos sem critério, os vegetais em caixas junto ao chão, e a secção das pechinchas amontoa coisas e pessoas e impede a circulação de carrinhos. Ao fim-de-semana está sempre cheio. O Penny é mais barato no geral mas cada vez que lá vou saio sempre com a sensação que aquilo não passa de um barracão com produtos. O que fica perto de casa é pequeno e o que fica um pouco mais afastado é maior e mais organizado dentro do random que é o Penny. Para ir ao Lidl tenho de apanhar o tram ou ir 20 minutos a pé. É uma pena porque é o meu preferido. Tem variedade, fruta em condições e o melhor pão. Por falar em pão, na minha rua, que btw é uma rua cheia de finesse, há padarias porta sim, porta não. Todas com um aspecto maravilhoso, todas com um pão horrível. Na Checa não tinha hipótese com as instruções de certos produtos. Uma vez por outra lá sacava a informação a partir do Romeno. Aqui às vezes apanha-se versos em inglês e em francês. Menos mal. No Woolworth (venda a retalho de tudo e mais alguma coisa) se se tiver olho certeiro podem fazer-se verdadeiros achados. Duas mantinhas a 5€ e estou aqui mesmo quentinha no sofá. Já disse que o Rewe é caro? Tenho de comprar um daqueles carrinhos com rodas como os das velhas.

19/11/2013

Considerações minhas gerais sobre a vida. Spoiler alert: Post a atirar para o generalista preconceituoso.

Não acredito em relações à distância, em relações em que a diferença de idades dos membros do casal se nota, em relações em que um dos membros do casal quer ter filhos e o outro não.
Porque:           
Na distância cada um tem a sua vida e finge-se que se está na vida do outro. Eu cá, tu lá, telefonema às 20h, skype às 15h, onde é que estiveste, vens este fim-de-semana e eu já combinei coisas, comi empadão de frango, espera só um bocadinho que caiu a ligação. Gostas de mim? Gosto. Mas agora não posso falar.
10 anos a mais
Aos 20 não se pensa da mesma maneira que aos 30. Nem aos 60 se têm as mesmas atitudes que aos 40. O Amor já é difícil quando se está na mesma faixa etária, quanto mais quando nos separam 10 anos ou mais. E não se enervem que eu avisei que ia generalizar. É claro que se pode ter afinidades com pessoas muito mais velhas ou muito mais novas. Mas mesmo quando tudo parece dar certo há sempre a parte biológica que aparece para dizer olá. E no final, meus queridos, ninguém fica para ser o geriatra de ninguém.
Um quer filhos, o outro não quer
Aqui simplesmente não tenho nada para dizer. Tic-tac-tic-tac.

08/11/2013

01/11/2013

Um post na data errada

À hora de publicação deste post estarei metida num avião com destino a Frankfurt. Quer o destino que 30 de Setembro seja data de grandes resoluções na minha vida. Há exactamente três anos atrás estava no registo da Fontes Pereira de Melo a fazer as escrituras da minha casa. Lembro-me, como se fosse agora, do que pensei no momento em que assinava os papéis com pulso firme, esferogréfica preta, letra legível. É a assinatura da minha vida. E foi. Agora que a tenho não me desfaço da casa, mas se fosse hoje já não a comprava. Mas naquele momento nunca pensei que o desemprego me iria bater à porta e muito menos conseguia prever a posterior emigração. Enfim. Podia ter canalizado o dinheiro para coisas mais importantes, mais úteis, mais responsáveis. Podia ter-me casado, ido a NY, ou simplesmente ter o dinheiro na conta, a um “introduza o seu pin” de distância. Enfim, agora já está, não tenho o direito de me queixar, sei que não adianta chorar sobre o leite derramado e fica uma lição para a vida. Não me volto a meter noutra. O facto do meu futuro se voltar a decidir novamente num 30 de Setembro leva-me a pensar que essa entidade superior chamada destino está a pensar de si para consigo: “É um bom dia para voltar a gozar com a ela”. Ou então: “Ó coitadinha, já assinou o papel errado num 30 de Setembro, deixa-me cá recompensá-la metendo-a no voo certo num 30 de Setembro.” Alea jacta est.  

PS - Escrevi isto com intenção que o post fosse para o ar no dia 30 de Setembro. Não foi. Não interessa. Vai agora.