19/12/2008

Lembranças

Hoje fui abordada na rua 3 vezes. Primeiro por um homem com uma cana de pesca e um saco sujo às costas e ainda um rádio ligado e junto ao ouvido. Tinha aspecto de deficiente mental e gritou-me "Olha liga o rádio! " E depois olhou novamente para mim e perguntou "Tu não tens rádio?". Ao que respondi que não. Depois, à saída da escola, um preto (suspeito que ou estava bêbedo ou drogado porque fez todos os movimentos em câmara lenta) disse-me "Olha dá xequeiro." Eu disse que não tinha. Normalmente até dou lume às pessoas mas o tipo tinha cá um aspecto... Já perto da paragem um homem que deitava um cheiro intenso da boca perguntou-me gentilmente "Ó menina por acaso não conhece nenhum restauran aqui perto?". "Nenhum quê?". "Restauran". "Ah, restauranTE! Olhe por acaso não tou a ver mas indo aí pela avenida deve encontrar qualquer coisa de certeza". "Ai, obrigadinha menina."
Não sei porquê, mas lembrei-me logo daquela aula em que a professora doutora Ana Luísa Vilela, lá do alto da sua classe, proferiu as seguintes palavras: "Garrett tem dois tês. Pelo menos diga um."

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