12/02/2009

Cordialidades

Costumo coincidir, na espera do autocarro, com um casal de indianos. Quando vou para a escola eles entram na paragem a seguir à minha. Quando venho da escola encontro-os, frequentemente, na "minha" paragem à espera do luxuoso volvo da carris. Eu reparo neles e eles em mim. Um dia, estávamos os três à espera mas eles tinham chegado à paragem primeiro. O senhor, muito gentil, deixa-me entrar depois da sua mulher. Ela entra e senta-se. E ficou apenas um lugar vago. Foi então que me disse: " Sente-se a menina que fica mais longe". Eu agradeci o gesto. Agora, quando chego à paragem cumprimento-os sempre. Eles quando entram no autocarro e me vêem acenam discreta e positivamente. Da "boa tarde" tímida ao "esta chuva não passa" foi um pequeno passo. E continuamos os três na mesma paragem à espera. No outro dia conversávamos suavemente sobre os atrasos dos autocarros na zona. Estas conversas são descontínuas e por vezes instala-se o silêncio. O silêncio que incomoda. Cá para mim este silêncio vai desaparecer. Cá para mim, qualquer dia, estamos os três a falar mal do Sócrates.

2 comentários:

Anónimo disse...

Qualquer dia estão os três enrolados num ardente menage à trois com um "leve" travo a caril! :D
Entretanto, enquanto isso não acontece, pede à mulher a receita de chamuças!

kin! disse...

amén!